Notícias recentes em dois grandes hospitais de Porto Alegre chamaram a atenção para uma importante providência que deve ser seguida por esses estabelecimentos. Inicialmente, o Hospital de Clínicas anunciou restrição máxima na emergência. Para os próximos dias, está prevista restrição na emergência pediátrica do Grupo Hospitalar Conceição. Trata-se de uma exigência legal solicitada pela Vigilância Sanitária para garantir a segurança de pacientes e profissionais.

“Poeira, ácaros e fungos naturalmente ficam acumulados no fundo dos dutos. Com o processo de ventilação do sistema de ar condicionado, essa poeira vai para o ambiente e podem trazer complicações alérgicas nas pessoas. Por isso recomenda-se a inspeção no duto uma vez por ano”, destaca o presidente da ASBRAV, Mário Henrique Canale.

O procedimento é feito utilizando ferramentas específicas.

“Introduz-se uma escova giratória no duto. Ela vai rotacionando pelo processo de varrição e vai soltando esses contaminantes que vão para um sugador específico com filtragem adequada. É importante lembrar que é indispensável que se tenha um responsável técnico e que seja feito o recolhimento de uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) deste serviço”, completou Canale.

Além dos problemas respiratórios e as doenças que o ar pode trazer para o ambiente, a falta de manutenção adequada pode provocar uma diminuição do desempenho do aparelho. Será perceptível a dificuldade que o aparelho terá para refrigerar o local, peças sendo comprometidas, além de exigir uma maior potência e, consequentemente, um maior gasto de energia.

No Hospital de Clínicas o retorno do atendimento normal foi efetuado na segunda-feira (09/01). Já no período de 13 a 15 de janeiro de 2023, foi realizada a limpeza dos dutos de ar-condicionado na Emergência do Hospital Criança Conceição (HCC). Segundo a assessoria de comunicação da instituição, o atendimento esteve restrito a partir das 8h do dia 13 de janeiro até as 19h de 15 de janeiro. Durante esse período, foram atendidos somente pacientes encaminhados pelo Samu e com risco de morte. O período foi escolhido devido ao menor movimento. Os gestores municipais e estaduais da Saúde foram comunicados da ação.

Redação e coordenação: Marcelo Matusiak